7 de jul. de 2011

Punhal de prata

Punhal de prata já eras,
punhal de prata!
Nem foste tu que fizeste
a minha mão insensata.
Vi-te brilhar entre as pedras,
punhal de prata!
-No cabo, flores abertas,
a gume, a medida exata,
exata, a medida certa,
punhal de prata,
para atravessar-me o peito
com uma letra e uma data.
A maior pena que eu tenho,
punhal de prata,
não é de me ver morrendo,
mas de saber quem me mata.
Inscrição na areia
O meu amor não tem
importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!
Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?
O meu amor não tem
importância nenhuma..."
(Cecília Meireles)


Cartas ao vento

Acordei sóbria, mas não menos "fúnebre",
o ar frio me inspira me anseia a viver
o que sem querer, me lembra: morrer?

vontade de saber 
de ter
de ser e de poder...

Cartas ao vento quero escrever...

 Vontade de abrir os olhos
e ver aquilo que vejo com olhos vendados
de esclarecer e de ocultar o meu ser.

Impossível viver sem pensar em morrer!
Pensar na morte:
Quem partiu tem sorte?

sonho nebuloso
 me deixa assim poetiza.

Me imortalizo
sei que este é o meu desejo
não é o desejo de viver
nem o de morrer
é o desejo de correr por estas linhas
de tecer ao vento
ou talvez pra você....

 Cohrian M. Moonlight.


Uma frase achei tão própria ao meu momento de introspecção:

"Adestrei-me com o vento e minha festa é a tempestade. Cecília Meireles"